Edições anteriores

  • jul./dez. (21)
    v. 11 n. 2 (2023)

    O editorial da edição 21: Arcaicos tempos modernos e os direitos humanos traz uma reflexão sobre a possibilidade de a humanidade estar vivendo período histórico marcado por uma crise paradigmática, de tal magnitude com a que ocorreu na transição entre a Idade Média e a Idade Moderna. Cientistas e filósofos já anunciaram isso ao longo do século XX. Os fundamentos da civilização moderna ocidental: antropocentrismo, racionalismo instrumental, dicotomia homem e natureza, cultura uniformizada, verdade objetiva e dogmas absolutos, acumulação de riquezas...  não mais oferecem caminhos de solução para os grandes problemas naturais e sociais que criamos, pois eles têm origem a própria estrutura cultural moderna. Neste contexto, os direitos humanos assumem-se como construção histórica, estando em processo contínuo de ampliação (com momentos de retrocesso) e ressignificação. Hoje, pensar os direitos humanos no século XXI é vinculá-los necessariamente aos direitos da natureza e a superação das desigualdades sociais passa pelo respeito pelas todas as formas de diversidades. Num mundo em que problemas globais ameaçam o futuro da espécie humana, como vimos, a inclusão aponta uma direção ética: ou a dignidade humana é para toda a humanidade ou não será mais humanidade. A inclusão de todos sem exceção é o que nos caracteriza como humanos humanizados.

    E a Revista Interdisciplinar de Direitos Humanos (RIDH), em seu 10º ano,  renova, como diretriz editorial, o engajamento nessa luta, com a divulgação de pesquisas e estudos que possam contribuir para a construção de um outro mundo possível.

    A edição 21 da RIDH apresenta, na sessão de artigos diversos, estudos de direitos humanos a partir das áreas de: educação, saúde pública, direito e sociologia. Na sessão de resenhas, apresenta-se o libro de Florita Cuhanga António Telo. Angola. A trajectória das lutas pela cidadania e a educação em Direitos Humanos.

     

  • jan./jun. (20)
    v. 11 n. 1 (2023)

    O editorial da edição 20: RIDH ano 10: direitos humanos e democracia! comenta os 10 anos de existência ininterrupta da revista. Reafirma seu compromisso editorial, cujo foco é realizar publicações acadêmicas das mais diversas áreas, estabelecendo interconexão com os direitos humanos e tendo como referencial social uma sociedade democrática, plural, solidária e com justiça socioambiental. Direitos Humanos e democracia constituem a bússola editorial da RIDH; há, entre eles, uma relação intrínseca e necessária. Os direitos humanos, na visão histórico-social, somente têm possibili­dade de efetivação numa democracia – uma sociedade de direitos iguais e não de privilégios. E, por sua vez, a política e a cultura democrática têm, nos direitos humanos, seu fundamento ético.  

    Nessa edição a RIDH apresenta um dossiê com 5 pesquisas filosóficas sobre a dignidade humana e 13 artigos diversos, contendo estudos de direitos humanos a partir das áreas de: educação, comunicação, saúde pública, história, direito, bioética e administração pública.      

  • jul./dez.(19)
    v. 10 n. 2 (2022)

    O editorial da edição 19 da RIDH: “Tempos de vento a favor, novamente” apresenta  uma reflexão sobre o avanço da cultura dos direitos humanos na humanidade, embora ocorra de forma seletiva e não linear. Mostra que, mesmo no  tempo, as conquistas de direitos humanos nem sempre foram cumulativas. Um momento histórico de avanços de humanização pode vir seguido de tempos de retrocesso com perdas de direitos conquistados, como na atual conjuntura. E conclui: a luta pelos direitos humanos é fortemente marcada como uma luta de resistência, mesmo quando vivemos tempos de vento a favor, como se prevê novamente no Brasil.
    Nessa edição, a RIDH inaugura a seção Paper: texto expressivo de conferência sobre direitos humanos. A seção Artigos traz textos, com interconexão com direitos humanos a partir de quatro áreas de pesquisa: educação, comunicação, filosofia e direito.

  • jan./jun.(18)
    v. 10 n. 1 (2022)

    O editorial da edição 18 da RIDH: É um tempo de guerra; é um tempo sem sol refere-se aos tempos sombrios em que vivemos. No plano mundial, um imenso sofrimento físico e moral passa pela guerra, pobreza nas catástrofes climáticas e pela pandemia, ainda persistente. No Brasil, esse  sofrimento acumula-se pela crise socioeconômica, alimentada por uma política retrógrada que mina direitos sociais, culturais e ambientais. Em sua 1ª seção, a RIDH traz um dossiê de sete artigos sobre um dos grandes problemas sociais do Brasil: Pessoas em situação de rua: a luta pelo direito de viver. Na seção Artigos diversos mais sete textos fazem interseção dos direitos humanos com quatro áreas pesquisa: relações internacionais, educação tecnológica, comunicação e saúde pública.

  • jul./dez.(17)
    v. 9 n. 2 (2021)

    A RIDH abre sua edição 17 com um editorial sobre os indícios históricos de a humanidade estar vivendo em tempos-limite do paradigma civilizatório da modernidade. Esta conjuntura exige uma compreensão profunda e vivência dos direitos humanos, ressignificados e ampliados. A RIDH oferece, na 1ª seção, o dossiê: Educação em direitos humanos: resistência e transformação, com sete produções da Rede Brasileira de Educação em Direitos Humanos. Os artigos mostram a trajetória, a aplicação e a produção acadêmica da EDH no período pós ditadura e sua força, hoje, no enfrentamento ao autoritarismo e pela democracia social. Na seção Artigos diversos mais sete textos fazem interseção dos direitos humanos com diferentes áreas da pesquisa na universidade: filosofia, direito, educação, comunicação e engenharia.     

  • jan./jun.(16)
    v. 9 n. 1 (2021)

    A RIDH oferece na edição 16 um dossiê de artigos sobre A literatura infantil na educação em direitos humanos: fundamentos e ideologia. A literatura infantil, na educação escolar, ainda é uma fonte importante na construção de valores que podem moldar a primeira visão de si, do outro e do mundo em que vive. Pensar a literatura infantil na educação em direitos humanos, não é reduzi-la a “moral da história”, mas analisar as bases axiológicas das relações de dominação e de reconhecimento do outro. Há uma literatura infantil com função ideológica de domesticação do outro e há uma literatura infantil que proporciona uma educação em direitos humanos, ou seja, vivências e reflexões de respeito à criança como sujeito construtor de valores emancipatórios de liberdade, solidariedade e igualdade entre diferentes.

  • jul./dez.(15)
    v. 8 n. 2 (2020)

    Mas afinal, o que vem ser a dignidade humana? Seria aquele o valor incomparável que cada ser humano possui pela própria condição intrínseca e a priori de pertencer à espécie humana; ou seja, por ser dotado da capacidade de consciência? Ou, a ideia de dignidade humana seria uma construção moral e histórica, diversa no tempo e no espaço, como é também a própria cultura de respeito à vida humana? Diante da primeira possibilidade – visão metafísica – nos resta, nesse tempo de pandemia, tentar resgatar o valor da vida humana, muitas vezes esquecido, e praticar a solidariedade emergencial para com aqueles que estão excluídos de uma vida digna. Entretanto, se tomarmos o outro caminho, a visão histórico-cultural, o momento exige uma reflexão crítica e uma posicionamento diante do processo histórico, que estamos realizando enquanto humanidade.