Metáforas da falta ou do excesso de controle na cobertura da clonagem e da pesquisa com células-tronco no Brasil

Autores

  • Flavia Natércia da Silva Medeiros

Palavras-chave:

Metáforas; Discursos; Clonagem; Células-tronco; Jornais brasileiros.

Resumo

RESUMO

Desde seu nascimento, as modernas biotecnologias têm gerado controvérsias nas quais os pesquisadores envolvidos são acusados de brincar de Deus ou de ter aberto a caixa de Pandora, comparados ao Victor Frankenstein de Mary Shelley ou considerados criadores de admiráveis mundos novos. Este artigo faz uma análise de discurso da cobertura da clonagem e das pesquisas com células-tronco por dois jornais brasileiros: Folha de S.Paulo e O Globo. Seu foco recai sobre as met´foras usadas para significar uma ciência sob controle excessivo ou escasso: brincar de Deus, Frankenstein, gênio fora da lâmpada, caixa de Pandora e admirável mundo novo. Essas imagens foram conotadas em geral de modo negativo quando associadas com a clonagem reprodutiva. Nos discursos dos defensores da clonagem terapêutica e das pesquisas com células-tronco embrionárias, essas metáforas só foram usadas para ser rechaçadas como sendo fictícias e infundadas ou foram subvertidas, adquirindo conotações positivas.

Palavras-chave: Metáforas; Discursos; Clonagem; Células-tronco; Jornais brasileiros.

 

RESUMEN

Desde su nacimiento, las modernas biotecnologías suscitan controversias en las cuales científicos son acusados de jugar a ser Dios o de tener abierto la caja de Pandora, comparados con Vítor Frankenstein de Mary Shelley o considerados creadores de admirables mundos nuevos. Este artículo hace un análisis de discurso sobre la cobertura de la clonación y de las investigaciones de células-madre por dos peridicos brasileños: Folha de S.Paulo y O Globo. Su foco mira las metáforas utilizadas para significar una ciencia con escasez o exceso de control: jugar a ser Dios; Frankenstein, genio fuera de la lámpara, caja de Pandora e admirable mundo nuevo. Esas metáforas fueran en general connotadas de modo negativo cuando asociadas con la clonación reproductiva. Pero en los discursos de defensores de la clonación terapéutica y las investigaciones de células-madre embrionarias, fueran utilizadas solamente para ser rechazadas como ficcionales o fueran entonces subvertidas y ganaran connotaciones positivas.

Palabras clave: Metáforas; Discurso; Clonación; Células-madre; Prensa brasileña.

 

ABSTRACT

Since the beginning, modern biotechnology has been matter of controversies in which scientific researchers have been accused of playing God or opening Pandoras box, compared to Mary Shelleys Victor Frankenstein or considered to be creators of brave new worlds. This article reports on a discourse analysis of cloning and stem cell research coverage by two Brazilian newspapers that are national opinion leaders. It is focused on the metaphors used to signify a science under scarce or excessive control: playing God, Frankenstein, genie out of bottle, Pandoras box and brave new world. These metaphors were usually charged with a negative sense when associated with reproductive cloning. However, in the discourses of therapeutic cloning and stem cell research advocates negative images were used only to be refused as fictional and unfounded, or were subverted, being given positive connotations.

Keywords: Metaphors; Discourse; Cloning; Stem cells; Brazilian press.

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Publicado

01-12-2012

Como Citar

NATÉRCIA DA SILVA MEDEIROS, Flavia. Metáforas da falta ou do excesso de controle na cobertura da clonagem e da pesquisa com células-tronco no Brasil. Revista Comunicação Midiática, Bauru, SP, v. 7, n. 3, p. 89–108, 2012. Disponível em: https://www2.faac.unesp.br/comunicacaomidiatica/index.php/CM/article/view/267.. Acesso em: 17 nov. 2024.