60 ANOS DO GOLPE EMPRESARIALMILITAR BRASILEIRO: violações de direitos dos indígenas Tupinikim e Guarani do Espírito Santo
DOI:
https://doi.org/10.5016/ridh.v12i01.296Palavras-chave:
60 anos de golpe empresarial militar, povos indígenas, violência do estado, empresas na ditaduraResumo
Este artigo tem como objetivo contribuir para as reflexões sobre a participação, colaboração e responsabilização das empresas na ditadura, a partir de um caso particular de violações de direitos vividos pelos povos Tupinikim e Guarani, do Município de Aracruz (ES), em decorrência de uma ação conjugada do Estado ditatorial (1964-1985) e da transnacional do agronegócio Aracruz Celulose S/A, que atua no Município, desde 1967. Além da violência do passado, a violação continuada pósditadura permeia as vidas desses povos indígenas. Ainda não podemos mensurar quantos territórios
indígenas passaram pelo mesmo drama dos Tupinikim e Guarani, do Município de Aracruz (ES). Este artigo corresponde a um pequeno resumo das violações de direitos operadas pelo Grupo Aracruz Celulose S/A, em pesquisa realizada no âmbito do Projeto CAAF/ UNIFESP, com financiamento do MPF. Ao fortalecer as políticas de memória e de reparação do período da ditadura empresarial-militar brasileira, o Estado brasileiro pode construir alicerces sobre os quais o direito à vida, à cultura e à diversidade poderiam ser reivindicados hoje.
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