As culturas do confinamento: um olhar da crise, a partir da realidade dos povos indígenas
DOI:
https://doi.org/10.5016/ridh.v8i2.24Palavras-chave:
Pandemia, Saúde indígena, Direitos humanos, CoronavírusResumo
O presente artigo objetivou desenvolver breve reflexão a respeito de como os povos indígenas brasileiros têm lidado com a pandemia pelo novo coronavírus e como têm sido afetados por ela. Ainda, pretendeu-se discutir o descaso do Estado brasileiro com os direitos humanos dessas populações mais vulneráveis. Em termos metodológicos, foram utilizadas pesquisas acerca do avanço do novo coronavírus entre etnias indígenas brasileiras, além de dados secundários de depoimentos em sites de ONGs e institutos especializados no assunto. A pesquisa nos mostra que a realidade da pandemia escancarou o quanto a sociedade brasileira é desigual em vários níveis e diferentes contextos, e como são tratadas deficientemente as questões de saúde de grupos vulneráveis, como os indígenas. Evidenciou, ainda, que não apenas cada comunidade tem sua maneira própria de conviver com a pandemia, mas também de que não há políticas de saúde adequadas e eficazes voltadas aos grupos vulneráveis que são os que mais sofrem perdas com esta crise sanitária e humanitária.
Confinement cultures: a look at the crisis, based on the reality of indigenous peoples
This article aimed to develop a brief reflection on how different Brazilian indigenous groups deal with the pandemic caused by the new coronavirus, and how they have been affected by it. Furthermore, it intended to discuss the human rights’ neglect by the Brazilian State against those very vulnerable populations. In terms of methodology, the approach taken was based on evaluation of research data about the advancement of the new coronavirus among Brazilian indigenous ethnicities, in addition to secondary testimonial data from NGOs’ and subject matter specialized institutes’ websites. This research shows evidence of how the pandemic clearly revealed the inequalities within Brazilian society, in various levels and different contexts, and how deficiently handled health issues are among vulnerable populations, like the indigenous groups. In addition, it indicates that not only each community has its own way of dealing with the pandemic, but also that there are no adequate and effective health policies aimed at vulnerable groups, which are the ones that suffer the most from this health and humanitarian crisis.
Keywords: Pandemic. Indigenous health. Human rights. Coronavirus.
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