OEDH-NEDH

No tempo de pandemia do coronavírus percebemos claramente que o cuidado com a higiene e saúde pessoal é também o cuidado com a limpeza da casa, do quintal, da rua em que moramos, enfim do meio ambiente. A humanidade é uma parte da natureza. Essa é nossa casa comum como a concha de um caramujo.

Todavia, fomos educados tradicionalmente que natureza existe para servir do ser humano e que somos os donos da natureza. No Brasil, esse pensar está agredindo e destruindo a natureza para acumular riquezas com a extração irracional das riquezas naturais, como a madeira e metais preciosos, ou com a criação de gado e agricultura voltadas apenas para  exportação. Para isso, destroem-se as florestas, exterminam os animais e até provocam um verdadeiro genocídio em povos indígenas pela fome e por doenças. 

A destruição do meio ambiente está intimamente relacionada com a exploração entre os seres humanos, que gera a desigualdade social, a pobreza, a miséria e a fome. Na modernidade, a dominação da natureza e a dominação do outro é o mesmo projeto de “civilização”.  

Muitos pesquisadores e povos tradicionais já anunciaram o que agora caminha para ser um consenso mundial: o ser humano pode provocar um colapso ambiental.

É preciso repensar o curso civilizatório e nele, o projeto da ciência moderna fundada no princípio da dominação da natureza e, por consequência, na dominação do outro. Como aprender a viver, não mais na arrogância de senhor da natureza, mas na sabedoria de um transformador cuidadoso que preserva a vida planetária plena para a humanidade presente e futura?

As atividades a seguir têm objetivo de propor vivências e reflexões para a formação de valores de respeito e cuidado com o espaço comum de convivência social, com meio ambiente próximo e com a vida planetária.