Conselho Nacional de Justiça em ação nas redes sociais


‖ ‖ ‖ Kátia Vanzini ‖ ‖ ‖


A importância das redes sociais e a ampla utilização de suas possibilidades há muito fazem parte de qualquer plano de comunicação elaborado para colocar empresas, instituições, organizações e profissionais em evidência na web. A comunicação pública, é claro, não pode ficar de fora desse processo e muitas são as iniciativas colocadas em prática em diversas mídias sociais.

Seguindo uma tendência sem volta de aproximar suas ações da sociedade, utilizando para isso os meios de comunicação—  tradicionais ou não — o Conselho Nacional de Justiça também tem perfis no Twitter e no Facebook.

Criado em dezembro de 2004 e instalado em junho de 2005, o CNJ tem como missão contribuir para que a prestação da Justiça seja feita com moralidade, eficiência e efetividade, beneficiando a sociedade e buscando o desenvolvimento do Poder Judiciário.

Na página do CNJ no Facebook, é possível ter acesso a diversas informações sobre o conselho, atualizadas diariamente, em tópicos variados, contendo desde material produzido pela própria agência de comunicação até notícias divulgadas mídia tradicional no país e no exterior.

São diversas informações à disposição dos seguidores, como Cadastro Nacional de Adoção; os compromissos da Justiça em 2011; mutirões realizados pelo Brasil para a solução de problemas diversos; instalação de comissões; orientações sobre como encontrar um ato administrativo, registrar denúncias, apresentar sugestões ou dúvidas e outros comentários; notícias sobre punições a magistrados, entre outros tópicos.

Como exige o meio típico da rede social, os textos são curtos, objetivos e sempre oferecem um link para o site ou para a notícia contendo mais detalhes das informações oferecidas.

A participação dos “fãs” do CNJ no Facebook se dá de várias maneiras, como a possibilidade de curtir a notícia ou o link; compartilhar dados em seus perfis; assim também registrar comentários, principalmente em assuntos polêmicos, como, por exemplo, a morte da juíza carioca Patrícia Lourival Acioli.

Neste caso, em especial, devido à repercussão do assunto na mídia nacional e no envolvimento direto do CNJ na investigação do crime, diversas notas são apresentadas sobre o tema, com notícias sobre as ações tomadas pelo Poder Judiciário para proteger os juízes ameaçados, eventos virtuais que protestam sobre o caso, entre outras participações. E é também relativo a tais temas que surgem mais pessoas curtindo, compartilhando ou até mesmo comentando sobre os links.

Twitter

Outra rede social amplamente utilizada pelo CNJ é o Twitter (@CNJ_oficial). Seu perfil já tem mais de 50 mil seguidores. Além de seguir o padrão das notícias veiculadas no Facebook, mas de maneira mais objetiva, devido ao limite de 140 caracteres, o perfil se diferencia em função da realização de campanhas.

A Campanha “Carinho de Verdade”, por exemplo, cujo objetivo é promover a conscientização e educação social sobre a exploração sexual de crianças e jovens, teve a participação de mais de 50 mil pessoas, que publicaram a hashtag #carinhodeverdade. Outra campanha de sucesso na rede foi realizada em parceria com o programa de TV CQC, da Band, quando a hashtag #CrackNemPensar, chegou a ser replicada 60 vezes por minuto no dia 5 de julho, sendo um dos 10 assuntos mais comentados do Twitter naquele dia.

O sucesso do perfil do CNJ no Twitter é prova de que não basta às instituições públicas disponibilizar na rede informações, matérias e dados sobre suas ações, mas, principalmente, devem buscar a participação dos usuários das redes sociais e de seus seguidores.

Ganham com isso não apenas os cidadãos, mas também as instituições, sejam elas do Executivo, Legislativo ou Judiciário. Twitter, Facebook, Orkut e tantas outras redes são novas ferramentas da comunicação pública e devem ser utilizadas também como forma de conscientização sobre temas importantes, além de incentivar o debate, sugestões, consultas voltadas à elaboração das políticas públicas, promovendo, deste modo, a democracia deliberativa.