Pesquisa aponta perfil de consumo de TV e vídeo online


 

‖ ‖ ‖ Luis Henrique Negrelli ‖ ‖ ‖

 

A ComScore, empresa de medição e análise de mídia, divulgou os resultados do estudo IMS Vídeos in LatAm, no início de novembro. A pesquisa foi realizada em associação com a Internet Media Services (IMS), empresa de comunicação e marketing. O estudo coletou dados de espectadores de vídeos digitais de junho a agosto de 2015 no Brasil, México, Argentina, Colômbia, Chile e Peru.

A análise aponta o perfil e o consumo dos usuários de vídeo digital, os tipos de dispositivos utilizados, o conteúdo, o tempo gasto e a interação com a publicidade em vídeos. A pesquisa foi realizada via e-mail, entre os dias 2 a 10 de setembro de 2015, com 8376 pessoas. A margem de erro é de 1,1 ponto percentual para mais ou para menos, representado um nível de 95% de confiança.

A constatação inicial é de que a população total de usuários de internet via desktop é de 138 milhões, sendo que 87% deles assistem a vídeos online. A conclusão do estudo realizado pela ComScore é a de que, na América Latina, 81% dos usuários assistem a vídeo on demand, enquanto 70% assistem à TV aberta. Os dados demonstram que as pessoas estão assistindo menos à televisão. A demanda por conteúdos alternativos e acessíveis proporciona uma sobreposição da TV paga sobre a aberta.

Resultados

O perfil dos espectadores de vídeos digitais demonstra que há igualdade entre os gêneros. A maior parte (30%) está na faixa entre 15 e 24 anos. Em seguida, com 26%, estão as pessoas entre 25 e 34 anos. Com 22% está a faixa entre 35 e 44 anos. A minoria dos usuários (1%) está na faixa dos 65 anos ou mais.

Uma lista com os tipos de dispositivos utilizados para acessar os vídeos foi divulgada pela pesquisa. Os smartphones estão no topo da lista, com 87%. Em segundo lugar está o laptop, com 80%. Em seguida, vem a televisão, com 75%. O estudo chama a atenção para o fato de as TVs conectadas à internet estarem ganhando espaço. A ferramenta encontra-se em quinto lugar, com 61%. Entre os latino-americanos, o formato mais comum de TV conectada é a Smart TV (69%).

O estudo fez um levantamento do tempo gasto semanalmente com mídia. Com a internet ,os usuários gastam cerca de 10,2 horas e com a televisão são 5.4 horas. A conclusão da pesquisa demonstrou que a quantidade de tempo online representa 44% do total gasto com mídia. Em relação ao tempo com vídeos digitais por semana, os smartphones estão na liderança, com 5.2 horas, sendo a principal fonte. A média de tempo com TVs conectadas à internet e laptop está muito próxima, ambos com 4.9 horas. O estudo concluiu que os latino-americanos passam 13.2 horas semanais consumindo vídeos. Esse dado é 7.8 horas semanais a mais que o tempo gasto com a TV tradicional.  

A lista com os tipos mais frequentes de vídeos assistidos traz no topo os filmes (79%). Em seguida, vêm os vídeos de música (70%) e as séries (65%). Transmissões ao vivo também alcançaram uma parcela significativa na frequência, com 31%. Os primeiros lugares de conteúdos favoritos foram filmes (33%), séries (22%) e vídeos de música (16%). A pesquisa concluiu que os formatos longos são a preferência dos latino-americanos.

O estudo verificou os tipos de conteúdo associados a cada tipo de dispositivo. A conclusão foi de que os espectadores preferem smartphones para vídeos de curta duração. Vídeos de música e gerados pelos próprios usuários representam, respectivamente, 56% e 46%, dos conteúdos acessados pelo aparelho. Quando o assunto são os formatos longos, os latino-americanos preferem as telas maiores. Nas TVs conectadas à internet, a parcela destinada a filmes e séries é de 76% e 64%, respectivamente.

Assistir a vídeos online dentro de casa ainda se destaca entre os locais onde os espectadores acessam esse conteúdo (92% dos entrevistados). O estudo constatou que mesmo com a liderança dos smartphones entre os dispositivos de acesso, os vídeos são mais assistidos nas residências. A porcentagem de usuários que acessam os vídeos enquanto se deslocam de um local para outro é 14%. Aqueles que assistem fora de suas casas representam 36%.