‖ ‖ ‖ Alexandre Lopes e Jéssica de Cássia Rossi ‖ ‖ ‖

 

Segundo a versão mais difundida da história, o conceito de fast food do McDonald’s surgiu a partir do primeiro empreendimento dos irmãos Dick McDonald e Mac McDonald, em 1937, especializado em cachorros-quentes. Desde então, os irmãos McDonald ofereciam sanduíches preparados rapidamente. Essa experiência os levou a se especializar em comidas rápidas e a inaugurar, nos Estados Unidos, em 1955, os primeiros restaurantes fast food da rede McDonald’s. Com o tempo, a procura pelo serviço de “comida rápida” cresceu intensamente não só nos Estados Unidos, como no mundo inteiro. Na atualidade, o McDonald’s é considerado um dos principais símbolos do capitalismo globalizado.

Contudo, nos últimos anos, o modelo de restaurantes fast food tem sido apontado como um dos principais responsáveis pelos altos índices de obesidade da população americana. Além disso, a emergência de movimentos contrários a produtos transgênicos e a gordura trans, bem como os movimentos anti-globalização, vem criando um conceito e uma imagem negativa da marca.

Frente a essa situação, a rede de restaurantes vem tentando se adaptar a essas novas demandas e reconstruir sua marca, oferecendo um cardápio com alimentos mais saudáveis como saladas, frutas, sucos e vegetais. No Brasil, essas mudanças também vêm ocorrendo, à medida que sociedade brasileira vem adotando um posicionamento mais crítico em relação a alimentos gordurosos. As novidades foram objeto de campanha publicitária.

Em 26 de setembro de 2011, o Universo On Line (UOL) publicou matéria sobre alterações nos produtos da rede no Brasil. Haverá alimentos e bebidas mais saudáveis em seu cardápio a partir de outubro.

A notícia apresenta, inicialmente, as principais mudanças na composição dos alimentos. Entre elas, está a diminuição de calorias, sódio e açúcar.

As mudanças no cardápio são amplas e atingem pães, nuggets, queijos e ketchups que, segundo o UOL, “terão em média 10% a menos de sódio”. Os sucos de fruta “terão quantidade de açúcar reduzido em quase 40%, passando a ter limite de 5 g por 100 ml”. Por essas informações, parece que o McDonald’s está disposto a se adaptar às exigências de seus consumidores.

A matéria sustenta que essas mudanças no cardápio são fundamentadas em uma pesquisa feita pela rede e seus fornecedores. É uma informação que indica que o McDonald’s vem levando em consideração as preferências de seus consumidores e se adaptando às diferenças culturais de alimentação nos diversos países.

Ademais, a matéria aponta outras alterações em andamento, como a introdução de cinco tipos de folhas nas saladas e tomates. A principal mudança destacada pela matéria são as alterações a serem realizadas no Mc Lanche Feliz, segundo o UOL “um dos produtos ícones da empresa”. O produto virá acompanhado de frutas e uma nova porção de batatas fritas menos calórica.

Embora as mudanças no cardápio sejam diversas, verifica-se que as alterações não atingem todos os produtos. Sanduíches como Big Mac e as Mc Ofertas, compostas por sanduíche, batatas fritas e refrigerantes continuarão com índices calóricos altos e gordurosos. As mudanças visam atender em parte as demandas sociais por alimentos mais saudáveis. Mas, em sua essência, a rede continuará oferecendo os mesmos produtos que a tornaram conhecida no mundo inteiro.