Novos hábitos de usuários de redes sociais no Brasil


‖ ‖ ‖ Elaine Cristina Gomes de Moraes ‖ ‖ ‖

A E.life Intelligence, agência de gestão do relacionamento do consumidor através de novas tecnologias, divulgou o estudo “Hábitos e comportamentos dos usuários de redes sociais no Brasil”. Além de apresentar informações sobre o perfil dos usuários, o estudo indica como alguns hábitos dos internautas brasileiros têm se modificado, como, por exemplo, a respeito dos dispositivos utilizados para acesso à internet.

De setembro a dezembro de 2014, foram aplicados 1059 questionários online, via SurveyMonkey. Para a definição da amostra, foram considerados fatores como renda familiar, faixas de idade e região. A margem de erro foi de 3%, e o nível de confiança foi 95%. 

O perfil dos participantes é predominantemente da classe C, considerando a faixa salarial entre quatro a dez salários mínimos, com faixa etária entre 20 a 40 anos, apresentando a média de 37 anos. Um em cada três respondentes trabalha com carteira assinada. Em seguida, com aproximadamente 18%, estão os profissionais autônomos e liberais e, em terceiro lugar, estão os estudantes. Esse perfil profissional apresenta uma alteração com relação ao estudo realizado em 2013, quando os estudantes estavam em segundo lugar, precedendo os profissionais autônomos e liberais.

Outro dado que apresentou mudanças refere-se ao uso de dispositivos para conectar-se à internet. Embora, em 2013, 62% dos usuários já utilizassem o celular ou smartphone para acessar a internet, no ano seguinte esse número subiu para 87%. Em 2013, no entanto, o principal meio utilizado, com mais de 43%, ainda era o computador de mesa ou desktop, seguido pelo notebook e, em terceiro lugar, estava o celular ou smartphone, com apenas 15% da preferência.  No estudo de 2014, o smartphone aparece em primeiro lugar, como o meio mais utilizado na preferência dos usuários, com 43%, seguido dos notebooks e, em terceiro lugar, estão os computadores de mesa, invertendo a ordem apresentada no ano anterior.

A pesquisa trouxe novidades, também, no uso de redes sociais. Sobre o número de novas inscrições nessas redes, em 2014, o Instagram perde a liderança para o Facebook, que sobe do quinto para o primeiro lugar. Perde posição, ainda, o Google Plus, que desce do segundo para o terceiro lugar, ficando abaixo do Instagram. Em quarto lugar está o LinkedIn, que não aparecia entre as cinco primeiras posições no ano anterior. Em quinto lugar no número de novas inscrições aparece o Twitter.

As redes sociais também influenciam a decisão do consumo de séries e filmes. Sobre as razões pelas quais os entrevistados escolhem uma série ou um filme, a maioria decide após uma busca com o controle remoto pelos canais. Logo em seguida, a influência vem das redes sociais, a partir de comentários de pessoas de suas conexões. Quando o assunto é do interesse do internauta, a maioria busca mais informações sobre o tema e mais de 86% dos entrevistados publicam ou comentam sobre o tema nas redes sociais.

O estudo abordou, ainda, as principais fontes de informação jornalística por faixa etária. Os dados mostram que os jovens até 19 anos constituem o grupo que utiliza menos jornais e revistas impressas para se manter informado. Por outro lado, estão mais acessíveis a outras fontes de informação, tais como perfis de jornais e revistas e mídia independente que seguem em suas redes sociais e notícias compartilhadas por pessoas de suas redes. O público com faixa etária a partir de 40 anos possui maior representatividade no consumo de notícias através de jornais e revistas impressas e telejornais.

A preferência no atendimento ao consumidor com as empresas também apresentou diferenças com relação ao estudo do ano anterior. O telefone continua sendo o meio mais utilizado, seguido pelo uso do e-mail. A mudança que ocorreu entre as pesquisas dos últimos dois anos refere-se ao uso do site para contato com as empresas, que deixou a terceira posição para o uso das redes sociais. Os perfis das empresas nas redes sociais constituem um importante canal de comunicação entre seus consumidores, pois se trata de um espaço para acompanhar as novidades e oportunidades, além de funcionar como um espaço para interação.

Sobre as razões que levam os internautas a seguirem as marcas, a maioria relatou o desejo de saber as novidades, como também admiram a marca e, também, por haver interação, ou seja, há uma satisfação quando há retorno das empresas por meio das redes sociais. Os dados do estudo evidenciam não apenas a importância de se conhecer os hábitos e comportamentos dos usuários de redes sociais no Brasil, mas contribuem para que se identifiquem as expectativas e desejos desses usuários, que, por meio das redes sociais, demonstram a importância e a necessidade da interação no processo da comunicação.