‖ ‖ ‖ Francielle Kuamoto ‖ ‖ ‖
O 9º Congresso Brasileiro de Jornais, promovido pela Associação Nacional de Jornais (ANJ), ocorreu nos dias 21 e 22 de agosto em São Paulo. A autorregulamentação da imprensa brasileira esteve em debate.
A ANJ criou em 2009 o Programa Permanente de Autorregulamentação, após a Lei de Imprensa ser revogada pelo Supremo Tribunal Federal.
A instituição desenvolveu o programa buscando ampliar práticas, manter ações e assegurar iniciativas entre seus filiados que possibilitem aos leitores acessar, demandar e obter respostas dos responsáveis pelo conteúdo exposto pelos jornais.
De acordo com o Programa, as atividades devem ser públicas e transparentes, pois são iniciativas que visam criar um relacionamento entre os jornais e os seus leitores, que se apresentam cada vez mais informados e orientados por critérios.
A ANJ conta com 154 veículos afiliados ao Programa, cujos editores terão de implantar uma cultura com cinco opções de atendimento: reconhecer e publicar erros, criar canais com leitores, publicar cartas e e-mails e gerir fóruns de análise crítica e processos de relacionamento com leitores. Os veículos também deverão respeitar as normas prescritas no Código de Ética e informar, por escrito, à entidade os mecanismos próprios de autorregulamentação utilizados.
Segundo dados da ANJ, os 154 afiliados tiveram um prazo até junho deste ano para aderirem à permanência do Programa. Hoje, todos já possuem pelo menos um canal de atendimento ao leitor; 62% dos jornais publicam cartas; 32% reconhecem a publicação de erros; 17% possuem um código de ética ou manual de redação; 16% contam com um conselho editorial; 10% têm espaço para cartas e blog de editores; 6% criaram conselho de leitores; e 3% dos jornais possuem um ombudsman, figura que recebe e processa as reclamações dos leitores. No Brasil, a Folha de S. Paulo foi o primeiro jornal a implantar o cargo nas redações.