‖ ‖ ‖ Fabíola Liberato ‖ ‖ ‖
As novas tecnologias de informação e comunicação têm sido utilizadas com maior freqüência pelos governos, como forma de inovação de serviços e transparência na utilização de recursos públicos.
Com recursos do Ministério das Comunicações, a Momento Editorial e a Fundação CPqD (Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicação) criaram o Índice Brasil de Cidades Digitais, que avalia o nível de digitalização das cidades brasileiras. Aspectos de infraestrutura, utilização de governo eletrônico, integração de serviços e número de acessos a rede foram avaliados para gerar um ranking com 75 cidades. Os resultados apontam que a maioria das cidades no ranking não ultrapassou o estágio dois na classificação. Apenas quatro cidades alcançaram o nível três. Seis níveis de digitalização foram estabelecidos: 1-Acesso básico; 2-Telecentros; 3-Serviços eletrônicos; 4-Pré-integrado; 5-Integrado e 6-Pleno. Algumas cidades apresentaram o nível um de digitalização, que se configura como o mais elementar, tratando-se de infraestrutura digital. Nessas localidades, os serviços são desenvolvidos em ritmo lento, a qualidade da velocidade e do acesso à internet é baixa e limitada. No nível dois, telecentros oferecem acesso público à rede, porém em numero limitado e com baixa velocidade. No nível três, as cidades possuem telecentros distribuídos em toda sua extensão territorial. As dez cidades melhores classificadas são: Belo Horizonte (MG); Curitiba (PR); Porto Alegre (RS); Vitória (ES); Ibirapuitã (RS); Jundiaí (SP); Campinas (SP); Santos (SP); São Carlos (SP); Tarumã (SP); São Paulo (SP) e Tauá (CE).
A pesquisa mostra que o nível de digitalização no país ainda é baixo. É preciso investimento e conscientização dos governantes sobre a necessidade de não somente priorizar o acesso público à internet, mas também na utilização da rede para integrar órgãos e serviços públicos. A implantação de cidades digitais deve trazer resultados como mudanças nas relações entre os diferentes setores que compõem um município, eficiência administrativa e economia de recursos. Os programas de governo de inclusão digital e social conferem à administração pública mais capacidade para promover mudanças de gestão para o desenvolvimento das economias locais e a ampliação da oferta de serviços aos cidadãos.