Helena Schiavoni Sylvestre
A campanha Carinho de Verdade foi lançada em outubro de 2010 e tem como objetivo mobilizar o país para a conscientização sobre o problema da exploração sexual de crianças e adolescentes. A partir do dia 18 de abril de 2011, a campanha ganhou impulso ao utilizar as redes sociais como principal ferramenta para a promoção de denúncias e debates sobre o tema. A ideia era reunir, até 18 de maio, 50 mil tweets (postagens) contra a prática da exploração. A meta foi alcançada, e mais de 100 mil pessoas já participaram dos “50 mil tweets contra exploração sexual”.
Uma das principais redes sociais utilizadas pela campanha é o Twitter. O microblog permite que os internautas participem da mobilização através da hashtag #carinhodeverdade. Dessa forma, é possível que seja realizada uma divulgação entre os próprios usuários da rede social.
Como ferramenta interativa, o Twitter é uma mídia atual que possibilita uma ampla participação dos internautas, que já não têm mais o papel de simples usuários passivos, como coloca a teoria hipodérmica da comunicação. Dessa forma, a campanha Carinho da Verdade, ao utilizar o microblog como método de divulgação, conseguiu uma repercussão muito mais ampla, uma vez que o Twitter faz com que o número de laços sociais na internet aumente progressivamente, e junto com eles, cresça o fluxo de informações.
A ampla repercussão da campanha contra a violência sexual deveu-se à possibilidade de interação entre pessoas e grupos (ou empresas), ao compartilhamento de dados e informações de grande apelo social. Outro fator que motivou a grande mobilização foi a participação de artistas famosos como Ivete Sangalo, Fagner, Zélia Duncan, Luiza Possi, Toni Garrido e Lenine. Como figuras de grande influência, esses internautas em específico podem ser responsáveis pela grande repercussão das informações na rede.
De todo modo, apesar da grande importância que as redes sociais têm no papel de divulgadoras, é preciso atentar para a veracidade de conteúdo jornalístico que nelas são inseridos. Devido ao fato de serem mídias expostas, abertas a quaisquer tipos de conteúdo, é preciso verificar se as informações de fato são confiáveis.