José Roberto Terassi

José Roberto Terassi faz parte do Comitê da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê (CBH-AT) há 25 anos, embora tenha sido vice prefeito de Embu das Artes no período de 2001 até 2008, ele sempre representou o segmento  sociedade civil através da Associação Comercial Industrial e Serviços de Embu das Artes (ACISE). Para ele os mecanismos de preservação dos mananciais têm que ser mudados imediatamente, tendo em vista que está em atividade há 40 anos e precisa de inovações.

Terassi conta que no passado havia maior participação da sociedade civil e municípios nas reuniões do comitê e os segmentos disputavam as cadeiras entre si, cenário diferente da atualidade. “Com muita tristeza, haja visto essa última eleição, nós não tivemos a participação de um prefeito entre trinta e seis municípios. Hoje nós temos vacância até na suplência”, relata.

Ele aponta que as 645 cidades do Estado de São Paulo estão inseridas em 22 comitês de Bacia Hidrográficas, e que apenas um é “gigante”, no caso, o CBH-AT, e que essa grandeza dificulta o funcionamento eficaz das atividades exercidas pelo colegiado. Em 1997, foram criados cinco subcomitês para atuarem de forma articulada com o CBH-AT, bem como análise e manifestação sobre matérias de interesse de sua respectiva área de atuação, são eles: Alto Tietê-Cabeceiras; Cotia-Guarapiranga; Juqueri-Cantareira; Billings-Tamanduateí; e Pinheiros-Pirapora.

Diante disso, Terassi sugere que os subcomitês se tornem comitês como solução para as barreiras de gestão. “Esse desmembramento que estou propondo traria um enriquecimento para o comitê. A distância entre a objetividade e os atores é gigantesca, e desmembrando você traz as pessoas para dentro e encurta essa distância”.

A dificuldade de deslocamento das pessoas até o local das reuniões também é um empecilho, tendo em vista os problemas de mobilidade urbana em São Paulo, as despesas de viagem. Terassi aponta que o desmembramento facilitaria esse processo, pelo fato de que as reuniões poderiam ser realizadas nas localidades dos subcomitês e agregaria mais atores sociais para o segmento sociedade civil, como associações de bairro por exemplo.

Bruna Tastelli